O preço pago ao produtor de suínos está subindo de forma “lenta e gradual” desde março, constata a Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS). Houve uma pequena queda em setembro, mas em outubro as cotações retomaram a tendência de alta. A associação avalia que a partir de 2023 a atividade deve iniciar um período de recuperação financeira. Na parcial de dezembro, a carcaça suína especial foi vendida a R$ 10,70 por quilo, mostram dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP). 

Em fevereiro, a média ficou perto de R$ 8 por quilo. A ABCS afirma que o suinocultor brasileiro conseguiu frear o crescimento da produção. Do lado da demanda, um aumento das exportações de carne suína no segundo semestre colaborou para ajustar o quadro. “Deveremos encerrar o ano com crescimento da produção de suínos ao redor de 6% em relação a 2021, exportações em volumes similares aos do ano passado e com um novo recorde de consumo per capita ano de carne suína, superando a marca dos 19 quilos”, afirma o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, em boletim. Para 2023, a associação projeta um crescimento de 3% a 5% nos abates e um incremento das exportações ao redor de 2%.

 Em relação aos custos, as cotações do milho, insumo importante para alimentação animal, estão em patamares ainda elevados, mas abaixo das médias do ano passado e sem sinais de novas altas no curto prazo. O farelo de soja, por outro lado, avançou nas últimas semanas. “O que chama a atenção é que muitos produtores que sempre trabalharam com estoques substanciais de insumos, e que operavam ativamente no mercado futuro de grãos, estão praticamente comprando ‘da mão para a boca’ e arriscando muito pouco nas compras antecipadas”, diz a ABCS, em nota.

VALOR ECONÔMICO

 

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