Paraná fechou a semana com alta nos preços. Na quinta-feira (18) os preços da suinocultura independente apresentaram comportamentos variados nas principais praças produtoras do país. No Paraná, considerando a média semanal (entre os dias 11/08/2022 a 17/08/2022), o indicador do preço do quilo vivo do Laboratório de Pesquisas Econômicas em Suinocultura (Lapesui) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) teve alta 4,07%, fechando a semana em R$ 6,79/kg. “Espera-se que na próxima semana o preço do suíno vivo apresente queda, podendo ser cotado a R$ 6,69/kg”, informou. 

O preço em São Paulo na quinta-feira ficou estável em R$ 7,73/kg vivo, com acordo entre suinocultores e frigoríficos, segundo informações da Associação Paulista de Criadores de Suínos (APCS). Ainda segundo a associação, nota-se uma redução no peso de até 10% dos animais encaminhados para abate. No mercado mineiro, o preço caiu de R$ 8,00/kg vivo para R$ 7,80/kg vivo com acordo entre suinocultores e frigoríficos, conforme dados da Associação dos Suinocultores do Estado de Minas Gerais (Asemg). Em Santa Catarina, segundo dados da Associação Catarinense de Criadores de Suínos (ACCS), o preço do animal vivo ficou estável R$ 6,94/kg vivo. “Mantivemos o preço, com grande dificuldade. 

Os próprios produtores relataram as tentativas dos frigoríficos em puxar para baixo os valores, mas entende-se que o mercado só está piorando, porque apesar de ter mantido o preço do suíno, o milho subiu R$ 2,00 aqui em Santa Catarina”, disse a ACCS

 Competitividade da carne suína frente às substitutas diminui em agosto

Enquanto a média de preços da carne suína registra forte elevação nesta parcial de agosto, as carnes bovina e de frango se desvalorizaram. Esse movimento, por sua vez, tem resultado em perda de competitividade da proteína suinícola frente às concorrentes. 

Segundo pesquisadores do Cepea, os preços da carne suína negociada no atacado da Grande São Paulo iniciaram agosto em forte alta, devido às demandas interna e externa aquecidas. No caso da carne de frango, o menor consumo interno, em razão do alto patamar dos preços, e a maior oferta – devido à retração das exportações em julho, em especial das vendas à China – pressionaram as cotações.

 Para a proteína bovina, a combinação do baixo poder de compra da população e dos preços elevados da carne segue limitando as vendas no mercado interno, enfraquecendo as cotações. Dessa forma, a carcaça especial suína está 2,52 Reais/kg mais cara que o frango inteiro neste mês (até o dia 16), expressivo aumento de 18,8% frente à diferença registrada em julho. Com relação à carcaça casada bovina, a diferença está em 9,98 Reais/kg, recuo de 7,4% frente à observada no mês anterior. Assim, com o preço médio da carne suína se distanciando do valor do frango e se aproximando do da carne bovina, sua competitividade frente a essas concorrentes diminui.

Fontes: AGROLINK e Cepea         

 

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