A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) celebrou a publicação de decreto do Governo do México, ocorrida ontem, com a renovação do pacote contra a Inflação e a Escassez (PACIC, sigla em espanhol), programa que busca controlar a inflação e o equilíbrio interno da oferta de produtos por meio da importação de produtos.

A renovação entra em vigor já amanhã e será válida até 31 de dezembro do próximo ano. A medida impacta todo os produtos da cesta básica do país da América do Norte, incluindo carne de frango, carne suína, carne bovina, carne de peru e ovos – o Brasil é fornecedor dos cinco produtos ao mercado mexicano.

Para se ter uma ideia, antes do programa, as tarifas de importação aos produtos brasileiros alcançavam 16% para carne suína e até 75% para carne de frango.

“Graças ao trabalho de excelência dos ministérios da Agricultura e das Relações Exteriores, o México se consolidou como um destino tradicional da carne de frango do Brasil e abriu as suas portas recentemente às importações de ovos e de carne suína. Apesar de entraves que se apresentaram recentemente à carne suína, e que esperamos que sejam superados em breve, há fortes expectativas em relação ao crescimento do papel brasileiro no apoio à segurança alimentar mexicana e em sua luta com a inflação dos alimentos”, avalia o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

O México é o nono principal destino da carne de frango do Brasil. Até novembro, o país importou 172,5 mil toneladas do produto, volume que superou em 28,4% os volumes embarcados no mesmo período de 2022. No caso da carne suína, o país é o décimo principal destino dos produtos brasileiros, com importações que totalizam 28,1 mil toneladas nos onze primeiros meses de novembro.

“Ao zerar as tarifas para a importação de produtos da cesta básica, entre os quais se incluem a carne de aves, a carne suína e os ovos, o Brasil mantém-se em igualdade de condições competitivas com tradicionais fornecedores para o mercado mexicano, tal como já ocorreu durante praticamente todo o ano de 2023. Isso seguramente possibilitará novas oportunidades de negócios para ambos os lados, especialmente no suprimento de produtos como peito e carne mecanicamente separada”, destacou o diretor de mercados da ABPA, Luís Rua.

Ovos para o Chile – No final da semana passada, os exportadores de ovos do Brasil tiveram outra importante notícia: autoridades chilenas estabeleceram com o Ministério da Agricultura e Pecuária do Brasil acordo de pré-listing para as importações de ovos.

O pré-listing autoriza todas as empresas habilitadas pelo Sistema de Inspeção Federal (ou seja, autorizadas pelo ministério brasileiro) a requererem a habilitação para exportar seus produtos para este destino. Antes, a habilitação era realizada individualmente, com análise documental das autoridades chilenas. Agora, as missões chilenas estarão focadas na validação do sistema de inspeção do Brasil.

“O Chile assumiu a liderança nas importações de ovos do Brasil ao longo do segundo semestre, superando até mesmo o Japão como maior importador do produto brasileiro. Com o acordo, há expectativa de significativo aumento no comércio internacional de ovos do Brasil, o que deverá representar um importante incremento de receita na pauta exportadora brasileira”, completa o presidente da ABPA, Ricardo Santin.

 

Fonte: ABPA

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