Preços subiram 9% neste mês, e vendas devem aumentar já nas próximas semanas

A suinocultura aguarda momentos melhores para as próximas semanas. Já há sinais neste início de mês. O Cepea (Centro de Estudos Avançados de Economia Aplicada) apurou, nesta terça-feira (7), que o quilo da carcaça foi a R$ 8,65, acumulando alta de 9,1% no mês.
Valdomiro Ferreira Junior, presidente da APCS (Associação Paulista de Criadores de Suínos) diz que “estamos acreditando nessa melhora e ela virá por vários fatores”.
Entre as causas da recuperação de preços do setor estão uma melhora da demanda externa no segundo semestre, uma redução da oferta e uma mudança na apresentação da carne suína no varejo por vários frigoríficos.
As vendas devem melhorar já a partir de julho, principalmente para o mercado externo. A oferta, porém, está menor. Muitos produtores, devido à má rentabilidade do setor recentemente, saíram da atividade. Outros, devido aos altos custos de produção, reduziram a oferta de carne suína, segundo presidente da entidade.
Outro ponto importante, destaca ele, é que muitos frigoríficos estão adotando a venda da carne suína em cortes especiais. Isso agrega valor ao produto e melhora as receitas dos frigoríficos, que passam também a remunerar mais os produtores.
Ferreira destaca, ainda, preços mais confortáveis para o milho a partir de julho, uma vez que a safrinha deverá aumentar a oferta do cereal no mercado.
Para o presidente da entidade, o retorno de uma rentabilidade ao setor é importante para a continuidade da atividade. Em alguns momentos, chegamos a vender a arroba de carne por um valor inferior a uma saca de milho. O normal é o preço da proteína valer pelo menos duas sacas e meia do cereal, afirma.
O preço atual do quilo-carcaça de suíno é 23% inferior ao de há seis meses, conforme cotações da APCS.

Foto: Mauro Zafalon

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