Segundo o Rabobank, nos primeiros quatro meses do ano, importações chinesas de carne de porco cresceram 120% sobre igual período de 2019. Em novo relatório divulgado nesta segunda-feira, 22 de junho, o banco holandês Rabobank manteve a sua previsão para as importações de carne suína da China este ano, que devem alcançar o volume recorde de cerca de 3,5 milhões de toneladas. Segundo o banco, as importações de carne suína da China aceleraram fortemente nos primeiros quatro meses de 2020, registrando aumento de 120% em volume sobre o resultado apurado em igual período de 2019. Este ano, diz o Rabobank, o ranking dos principais fornecedores de carne suína à China mudou radicalmente, com os Estados Unidos assumindo a ponta, à frente da Espanha, Alemanha e Brasil. “Ao longo dos quatro primeiros meses de 2020, os volumes de importações chinesas de carne suína norte-americana aumentaram seis vezes em relação aos níveis registrados em igual período de 2019, segundo o banco”. No entanto, em seu relatório, Rabobank ressalta que “tensões geopolíticas e andamento entre os EUA e a China” podem afetar o comércio de carne suína entre os dois países. O banco informa que o nível crescente de compras chinesas elevou consideravelmente os estoques de carne de porco congelada no país asiático, enquanto a demanda doméstica pelo produto não cresce no mesmo ritmo, prejudicada pela Covid-19, que afetou principalmente o segmento de foodservice. Na avaliação do banco, o ritmo das importações de chinesas de carne suína “provavelmente diminuirá nos próximos meses e retomará com maior força no final do terceiro e quarto trimestres do ano”, quando espera-se uma situação melhor dos países exportadores em relação às ações de combates à propagação do novo coronavírus. O Rabobank também manteve a previsão de queda de 15% a 20% na produção de carne suína da China em 2020. No entanto, o banco se mostrou mais otimista em relação ao poder de recuperação do rebanho de porcos do gigante asiático, afetado drasticamente pelo vírus da peste suína africana (ASF, na sigla em inglês). “Mudamos a nossa visão para o rebanho da China; esperamos uma recuperação mais rápida agora”, relata a instituição.

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