Presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal, Ricardo Santin
avalia que o setor de carnes espera um aumento no consumo de frango,
suínos e ovos, diante da diminuição na demanda por carne bovina
“Houve uma diminuição na produção de carne bovina e um aumento na
exportação, então uma oferta menor, o que fez com que o boi aumentasse
de preço. E, realmente, as proteínas, quando comparadas em preços
efetivos, são mais acessíveis a suína e a de frango. O consumo de carne
suína aumentou 5,5%, enquanto para o frango foi de 6,5%. Isso tem relação
com os hábitos alimentares.
As pessoas, durante a pandemia, procuraram novas alternativas de
consumo de proteínas, com a inserção de mais carnes suína e de frango
dia a dia. Essa é uma situação que já vem se prolongando há bastante
tempo e deve se consolidar até o fim do ano”, diz Santin. Na avaliação do
Presidente da ABPA, a expectativa para o consumidor é de uma alta
também para as proteínas mais acessíveis. “Os preços vão ter que subir.
Os insumos, como o farelo de soja, ficaram mais caros e isso vai ter que
ser repassado porque as aves e suínos de agora consumiram um milho
vendido com preço mais alto. Então, precisa repassar o preço para
manter a sobrevivência, evitar prejuízos e não ter que parar a produção”,
afirma.
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