A China deve desacelerar as importações totais de carne suína nos próximos meses diante da baixa dos preços domésticos do produto, disse uma analista do Rabobank na terça-feira (15)

“Nos próximos meses, esperamos que as importações desacelerem porque os preços domésticos da carne suína estão muito baixos devido à liquidação intensa durante o inverno”, disse a analista do Rabobank China, Pan Chenjun, em programa de entrevistas on-line do banco Conexão Direta.

 O Rabobank ajustou suas projeções para a produção de carne suína na China para considerar as novas estimativas de preço. Pan Chenjun disse que o crescimento da produção de carne suína chinesa deve ser mais lento que a projeção do final do ano passado, mas o Rabobank ainda espera aumento entre 8% e 10% em 2021. “Acreditamos que a reposição das matrizes no segundo semestre do ano passado foi maior que as perdas ocorridas no último inverno”, disse a analista.

No primeiro trimestre deste ano, a China aumentou as importações totais de carne suína em 26% em relação ao mesmo período de 2020. Para todo o ano de 2021, Pan Chenjun estima que as importações de carne suína da China serão menores do que o nível recorde de 2020.

A China também deverá continuar importando grandes volumes de carne bovina, mas o recente aumento nos preços internacionais pode impactar o mercado, segundo a analista. “A produção local de carne bovina na China crescerá em 2021, mas não acho que o crescimento da produção local possa acompanhar o crescimento da demanda”, disse Pan Chenjun. As importações de carne de frango também deverão continuar fortes, principalmente de asas e pés de frango.

CARNETEC

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