O setor de proteínas animais terá de fazer novos reajustes nos preços. A Embrapa Suínos e Aves divulgou o Índice de Custos de Produção de Suínos (ICPSuíno) referente a abril, e os dados mostram aumento, após um registro de leve queda em março. De acordo com o levantamento, em relação a março, houve aumento de 2,33% no ICP/Suíno.
Segundo a SAFRAS & Mercado, a retomada de alta nos custos de produção em abril se deve ao aumento nos preços do milho, que no mês romperam a casa dos R$ 100,00 a saca de 60kg. A ração, tanto de aves quanto de suínos, é composta de cerca de 60% a 70% de milho, e com o aumento no valor desse insumo, puxou a alta do índice dos custos de produção. Entretanto, tanto o preço do frango de corte quanto o de suínos não subiram na mesma proporção, e será necessário fazer reajustes para que o produtor não trabalhe no prejuízo.
O principal quesito que pesa nas contas do suinocultor, a nutrição dos animais, aumentou 2,60% em abril em relação a março. No acumulado dos últimos 12 meses, houve um avanço de 39,02%, e neste primeiro quadrimestre, os custos com a nutrição dos suínos subiu 6,35%. Atualmente, a alimentação dos suínos representa 82,12% do total investido na atividade. Em abril de 2020, a alimentação dos animais representava 79,06% do total de investimentos na granja, segundo a Embrapa.
Entre abril de 2020 e o mesmo mês de 2019, a nutrição dos suínos havia avançado 19,51%, valor muito inferior à alta de 39,02% entre abril de 2020 a abril de 2021. Em Santa Catarina, o estado que lidera a produção de suínos no Brasil, os custos aumentaram 2,32% em em abril em relação a março, atingindo R$ 7,03/kg. No que diz respeito à alimentação dos suínos, a alta foi de 3,2%, chegando a R$ 5,78/kg. Na comparação entre abril deste ano com abril de 2020, o aumento dos custos de produção na suinocultura em Santa Catarina foi de 52,8%.