O Agronegócio brasileiro é responsável por uma parcela significativa do PIB nacional, representando uma parcela de 21,1%. Deste total, 6,8% correspondem à agropecuária, um dos únicos setores que conseguiram crescer em um cenário tão desafiador quanto o ano de 2020, dando continuidade ao movimento iniciado em 2019 quando o segmento avançou 2% enquanto o PIB do país só caia (segundo dados do IBGE). De acordo com uma reportagem publicada pelo G1, se levado em consideração tudo o que acontece da porteira para fora, o crescimento do agro pode ter sido ainda maior durante o ano passado.
Segundo especialistas, os fatores apontados como cruciais para o sucesso do agro no ano passado, foram as safras recordes de grãos, os investimentos dos produtores em tecnologia e melhoramento da produção com uso de sementes, defensivos, fertilizantes e rações de maior qualidade, o clima favorável, a grande demanda de exportações, o auxílio emergencial que aumentou o poder de compra das classes menos favorecidas, a valorização do dólar em relação ao real, a recuperação da produção suinícola chinesa que impulsionou a compra de soja, o aumento da produção e exportação de carne e a categoria de atividade essencial que permitiu que o setor continuasse funcionando durante a pandemia.
E em 2021?
Resultados tão promissores impulsionam as expectativas para o restante de 2021. A Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) projeta um crescimento de 2,5% para a agropecuária, porém o bom resultado vai depender do clima, das safras de grãos e do dólar que impactam nos custos de produção e de importação de insumos. As projeções são positivas, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) espera mais uma safra recorde com expectativa de 268,3 milhões de toneladas, e as tendências de consumo permanecem, pois mesmo com a crise, a alimentação permanece essencial.
Suinocultura
Em relação a suinocultura, informações da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) apontam um crescimento de 20,3% nas exportações de carne suína durante o mês de fevereiro. Considerando a carne in natura e processada, foram exportadas 81,1 mil toneladas no mês, frente a 67,4 mil toneladas registradas no mesmo período de 2020. A receita das vendas também subiu 19,9% em relação ao segundo mês de 2020.
Segundo o consultor de mercado da ABCS, Iuri Pinheiro Machado, a produção brasileira de carne suína cresceu mais de 7% em 2020 e deve continuar crescendo, porém, em menor ritmo, cerca de 3 e 4%. “As exportações que começaram o ano de 2021 com volumes melhores que 2020, devem bater novo recorde este ano com crescimento ao redor de 10%. O que preocupa é o custo de produção em alta, sem sinais de recuo considerável no preço do milho e do farelo de soja. Por outro lado, o preço pago pelo suíno dependerá muito das medidas econômicas como o auxílio emergencial e a retomada do crescimento do PIB, além de medidas sanitárias como a vacinação em massa contra Covid-19 que permitirão que a demanda interna absorva nossa produção” conclui.
Fonte: ABCS
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