O consumo de carne suína alcançou o marco de 20,5 kg per capita no ano de 2022, de acordo com cálculos da Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) a partir do censo populacional realizado pelo IBGE. Esse número representa um aumento de mais de 2 milhões de toneladas de carcaças suínas, e soma mais de 20 bilhões em valor bruto de carcaça (sem correção inflacionária), nos últimos 12 anos. Para entender a magnitude desse avanço, vale a pena compará-lo ao índice registrado em 2010, que era de 13,7 kg per capita. A diferença é mais do que meramente numérica, ela concretiza uma mudança substancial nos hábitos alimentares e na relação do público com a carne suína, trabalho encabeçado pela ABCS, por meio do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Suinocultura (FNDS), e suas afiliadas, junto a cadeia da suinocultura.

O aumento no consumo se baseia em uma revisão atualizada da estimativa populacional feita pelo IBGE em 2022. Essa atualização fornece uma visão mais precisa da população brasileira, lançando uma nova luz sobre o quadro do consumo de carne suína. O cálculo da ABCS, que serve como base para avaliar esse cenário, subtrai o número referente à exportação de carne suína in natura, da produção interna total do ano. O resultado refere-se à disponibilidade interna e é então dividido por toda a população brasileira, permitindo uma compreensão estimada da quantidade de carne suína que efetivamente é consumida no mercado interno.

 

Os dados conversam com o trabalho realizado há mais de uma década pela ABCS, que colocou entre seus pontos de atuação estratégica a comunicação com diversos players ligados ao consumo para mudar a imagem da carne suína. Além de produção e divulgação de materiais segmentados para crianças, adolescentes, médicos, nutricionistas, preparadores físicos, açougueiros e consumidores em geral, a suinocultura hoje é case premiado de iniciativa junto ao varejo para promover a carne suína com ofertas e informações com a maior vitrine da proteína no varejo brasileiro, a Semana Nacional da Carne Suína (SNCS), que este ano chegou em sua 11ª edição e esteve presente de norte a sul do Brasil.

“A chegada aos 20 kg per capita de consumo de carne suína não é meramente um dado estatístico, mas sim uma história de progresso que vai além dos números, delineando as mudanças em nossa sociedade e os fatores que impulsionam a evolução de nossos hábitos alimentares, construído por mais de 10 anos de trabalho conjunto de toda a cadeia de suínos, e da ABCS, com ações integradas em diferentes frentes, que colocam o consumidor no centro do diálogo com profissionais de saúde, chefs de cozinha e nas maiores redes de varejo do país”, explica o presidente da ABCS, Marcelo Lopes.

Crescimento destaque para a carne suína quando comparado a outras proteínas

De acordo com os dados produzidos pelo consultor de mercado da ABCS, Iuri Pinheiro Machado, a carne suína se consolida a cada ano como a queridinha dos consumidores e a carne da oportunidade. Em 12 anos, a carne suína teve um crescimento de quase 50% no consumo, enquanto o frango, que já tem um público consolidado, marcou o crescimento de cerca de 37%, e a carne bovina enfrenta retração em seu consumo de 5,7%, passando de 31,7 kg para 29,9 kg per capita. Em relação ao total de proteína animal consumida no ano, a carne suína que em 2010 representava pouco mais de 18% do consumo do brasileiro, já em 2022 ultrapassou a marca dos 22%.

Isso mostra que além do custo-benefício, a carne suína tem ganhado novos mercados por estar fazendo parte das descobertas e experiências dos consumidores, que têm enxergado na proteína uma opção que se encaixa em diversas ocasiões.

Veja mais sobre os números aqui:

Fonte: ABCS

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