A Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) espera que haja aumento nas exportações e no consumo doméstico de carne suína no segundo semestre, apesar da crise enfrentada pelo setor neste ano

“Apesar da recuperação do preço do suíno e queda do custo de produção, a crise ainda não terminou. Porém, para o segundo semestre há uma grande expectativa com relação ao crescimento das exportações e o aquecimento da demanda doméstica, puxada não somente pela sazonalidade, mas também pela entrada de maior recurso do auxílio governamental previsto para iniciar em agosto”, disse o presidente da ABCS, Marcelo Lopes, em nota divulgada pela entidade. “Do lado dos custos, o milho deve continuar em viés de queda nas cotações com o avançar da colheita recorde.” 

A colheita da segunda safra de milho deve ser recorde, superando 88 milhões de toneladas, segundo estimativa da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), levando o volume total de produção de todas as safras de milho neste ano a 116 milhões de toneladas. 

O aumento da oferta de milho deve reduzir os custos de produção do setor de suínos, já que o milho usado na nutrição animal é um dos principais componentes dos custos do segmento. Do lado da demanda, o aumento das exportações esperado tende a reduzir a oferta doméstica da proteína. A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) também disse na semana passada que espera recuperação do setor de carne suína neste ano, com aumento no consumo doméstico.

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