Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne suína in natura na terceira semana de fevereiro (14 dias úteis) preocupam pela perda de volume e redução de preço
Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a suinocultura “está com o pires na mão”. Ele explica que, se os embarques mantiverem esse ritmo, o balanço no final do mês não deve passar de 60 mil toneladas. “Voltamos ao patamar de exportação anterior à China dar o ‘boom’ de embarques.
Estamos preocupados porque além de perder preço médio, estamos perdendo volume embarcado. Dificilmente as exportações vão voltar às 90 mil toneladas por mês. O que pode haver de esperança é as compras da Rússia, mas ainda assim, não será nos mesmos volumes que a China costumava importar”, afirma.
A receita das exportações de carne suína até agora em fevereiro, US$ 90 milhões, representa 52% do montante de todo fevereiro de 2021, US$ 173,2 milhões. No volume embarcado, as 41.488 toneladas representam 58% do total exportado em fevereiro do ano passado, com71.457 toneladas. A receita por média diária foi de US$ 6, 4 milhões, valor 33,1% menor do que fevereiro de 2021.
No comparativo com a semana anterior, houve baixa de 4,44%. Em toneladas por média diária, 2.963 toneladas, recuo de 25,4% no comparativo com o mesmo mês de 2021. No preço pago por tonelada, US$ 2.171 neste fevereiro, ele é 10,4% inferior ao praticado em fevereiro passado.
AGÊNCIA SAFRAS