Haverá consequências para o mercado interno, uma vez que o suinocultor brasileiro já passa por dificuldades.
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne suína in natura nas primeiras semanas de janeiro (10 dias úteis) seguem com o preço da tonelada em queda, mostrando a China em um movimento de renegociação de contratos.
Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o desempenho é preocupante, uma vez que a suinocultura brasileira está em crise, a margem dos produtores está desgastada e a China está menos presente no mercado. “Querendo ou não, a China ainda vai comprar somas em carne, não como foi 2020 ou 2021, mas ainda assim um bom volume.
O problema é a dependência do Brasil. Muito investimento foi feito para atender a demanda chinesa, e agora o gigante não precisa mais tanto assim da carne importada”, explicou. A receita no mês de janeiro, até aqui, US$ 79.3 milhões, representa 57,7% do montante obtido em todo janeiro de 2021, que foi de US$ 137, 2 milhões. No volume embarcado, as 36.176 toneladas, ele é 64,8% do total exportado em janeiro do ano passado, com de 55.798 toneladas.
O faturamento por média diária por enquanto foi de US$ 7,930 milhões, valor 15,59% maior do que janeiro de 2021. No comparativo com a semana anterior, houve baixa de 8,12%. Em toneladas por média diária, 3.617 toneladas, houve avanço de 29,67% no comparativo com o mesmo mês de 2021. Em relação à semana anterior, recuo de 8,59%. No preço pago por tonelada, US$ 2.192, ele é 10,85% inferior ao praticado em janeiro passado.
AGÊNCIA SAFRAS