A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) projeta novos recordes de produção, exportações e consumo de carnes do Brasil para final de 2021 e 2022.
No caso de CARNE SUÍNA, a PRODUÇÃO deverá alcançar neste ano até 4,700 milhões de toneladas, número 6% superior ao registrado no ano passado, com 4,436 milhões de toneladas. Já o volume projetado para 2022 poderá chegar até 4,850 milhões de toneladas, volume 4% maior em relação a 2021.
Em EXPORTAÇÕES, as projeções apontam para embarques totais neste ano de até 1,130 milhão de toneladas, número 10,5% superior ao alcançado em 2020, com 1,024 milhão de toneladas. Em 2022, as vendas internacionais poderão chegar a 1,200 milhão de toneladas, volume que supera em 7,5% as exportações projetadas para 2021.
Com relação ao CONSUMO PER CAPITA, o índice deverá alcançar este ano 16,80 quilos per capita, número 5% maior que o consumo registrado em 2020, com 16,06 quilos. Já em 2022, o consumo per capita projetado alcança 17,30 quilos, número 3% maior que o esperado para 2021.
FATOS RELEVANTES
De acordo com o presidente da ABPA, Ricardo Santin, o mercado interno foi influenciado pelos programas de auxílio à renda disponibilizados pelo Governo Federal em 2021, e que devem ser renovados agora com o Auxílio Brasil, além da retomada da economia.
“A avaliação do comportamento do consumo em 2021 ao longo dos meses mostra o impacto destes programas de apoio para o acesso da população às proteínas de aves, suínos e ovos. Este é um dos fatores que deve manter os níveis de consumo no próximo ano”, avalia Santin.
No mercado internacional, diversos mercados devem influenciar o comportamento positivo das exportações brasileiras.
No caso da carne suína, a demanda chinesa deverá ser renovada pela estabilização da produção interna que, conforme dados coletados junto a organizações internacionais de monitoramento de mercado, deve seguir aquém da demanda interna. Ao mesmo tempo, a abertura de uma cota de 100 mil toneladas para a Rússia, além da demanda de outros mercados — como o Vietnã e nações da América do Sul — serão primordiais para a sustentação das exportações. Neste contexto, o quadro global de focos de Peste Suína Africana deve continuar a impactar a demanda internacional pela proteína, assim como as exportações de algumas nações concorrentes.
Com relação aos custos de produção, há expectativa de estabilidade em relação aos preços do milho e da soja (que representam mais 70% dos custos), somados ao aumento de outros insumos que compõem o preço da carne de frango, de suínos e ovos, como o diesel, plásticos e outros.
“Os indicadores de custos não apontam para quedas no curto prazo. Os preços internacionais do setor e para o consumidor interno não sinalizam queda em 2022. Ainda assim, o consumo dos produtos deve seguir elevado, o que mostra a importância da manutenção de medidas para controle deste quadro de custos, como a desoneração da Folha de Pagamento e a liberação da importação de insumos de regiões extra-Mercosul. A resiliência da avicultura e da suinocultura foi fundamental para a manutenção da segurança alimentar do Brasil e das nações importadoras das nossas proteínas”, avalia Santin.
Fonte: ABPA
Adaptação: Imprensa AGS