A China, principal comprador da proteína brasileira, está renegociando contratos devido aos baixos preços da carne produzida localmente
Segundo a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) do Ministério da Economia, as exportações de carne suína in natura na primeira semana de novembro registraram diminuição no valor pago por tonelada. Para o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a carne suína brasileira segue na dependência do mercado chinês.
Atualmente, segundo dados da Secex, cerca de 70% da proteína exportada tem como destino a China. “Essa dependência da China não vai terminar tão cedo porque não tem outro player igual para as compras. A queda no valor pago por tonelada é a China renegociando contratos. O que nos resta é aguardar esse andamento da recomposição da suinocultura no gigante asiático”, disse ele.
A receita obtida com as exportações de carne suína nos primeiros três dias úteis de novembro, US$ 41 milhões, representou 21,8% do montante obtido em todo novembro de 2020, que foi de US$ 188,5 milhões. No volume embarcado, 18.063 toneladas, ele é 23,7% do total exportado em novembro do ano passado, com 76.180 toneladas. A receita por média diária na semana foi de US$ 13.695, valor 45,27% maior do que novembro de 2020.
No comparativo com a semana anterior, houve alta de 34,6%. Em toneladas por média diária, 6.021 toneladas, houve avanço de 58,08% no comparativo com o mesmo mês de 2020. Quando comparado a semana anterior, acréscimo de 35,7%. No preço pago por tonelada, US$ 2.274 em novembro, ele é 8,10% inferior ao praticado em novembro passado. Em relação à semana anterior, queda de 0,77%.
AGÊNCIA SAFRAS