O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) atualizou os dados do setor de carnes em nível global. Segundo a Safras & Mercado, o foco do relatório são os números da suinocultura chinesa. Segundo a consultoria, o primeiro ponto que chama a atenção é que o USDA não divulgou projeções para a carne suína para 2022. Ou seja, segue a incógnita em relação ao rebanho de matrizes da China.
As projeções para 2022 ficaram para o relatório de 12 de outubro. Em relação ao relatório de abril, o USDA aumentou o número de demanda acima do incremento de produção. Assim, é esperado um alto volume de importações por parte da China este ano. Para a produção chinesa de carne suína, o USDA estima agora 43,75 milhões de toneladas, o que representa avanço de 20,39% em relação às 36,34 milhões de toneladas de 2020. Para as importações de carne suína pela China, o USDA indicou 5 milhões de toneladas (acima das 4,85 milhões de toneladas indicadas em abril).
O rebanho inicial de matrizes suínas em 2021 na China foi mantido em 38,5 milhões de cabeças. A previsão para o início de 2022 deve ser divulgado em outubro. O rebanho final de 2021 foi estimado em 410 milhões de cabeças, abaixo das 420 milhões indicadas em abril. Mostrando que o processo de recomposição seguirá em curso no ano que vem.
No final de 2017, período anterior a peste suína africana o rebanho era de 441,59 milhões de cabeças. Para os abates, a previsão para 2021 ficou em 550 milhões de cabeças, acima das 520 milhões de cabeças indicadas no relatório de abril. O avanço dos abates pode ser resultado da maior participação dos granjeiros no mercado, por conta do alto custo, prejuízos e temores com a peste suína africana (PSA). Como resultado, os preços da cadeia suinícola desabaram na China podendo resultar em menor ímpeto importador pela China no curto prazo.