O milho continua sendo o insumo que mais pesa na alimentação dos animais. A Embrapa Suínos e Aves divulgou na terça-feira (15) o Índice de Custos de Produção de Suínos (ICPSuíno) referente a maio, e os dados mostram aumento, principalmente na alimentação dos animais.
De acordo com o levantamento, em relação a abril, houve aumento de 3,71% no ICP/Suíno. Segundo o analista da SAFRAS & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, apesar da acomodação dos preços do milho entre maio e junho, o insumo segue em patamares altos, e vem sendo o “vilão” na produção de proteína animal neste primeiro semestre. “Vamos ver como deve ficar o segundo semestre, com a entrada do milho safrinha. Mesmo com perspectiva de quebra em algumas regiões produtoras, o preço deve ceder um pouco”, disse.
O principal quesito que pesa nas contas do suinocultor, a nutrição dos animais, aumentou 3,13% em abril em relação a abril. No acumulado dos últimos 12 meses, houve um avanço de 41,40%, e desde janeiro, os custos com a nutrição dos suínos subiu 9,47%. Atualmente, a alimentação dos suínos representa 82,19% do total investido na atividade.
A título de comparação, em abril de 2020, a alimentação dos animais representava 79,02% do total de investimentos na granja, segundo a Embrapa. Entre maio de 2020 e o mesmo mês de 2019, a nutrição dos suínos havia avançado 21,38%, valor muito inferior à alta de 41,40% entre maio de 2020 a maio de 2021. Em Santa Catarina, o Estado que lidera a produção de suínos no Brasil, os custos, de forma geral, aumentaram 3,8% em maio em relação a abril, atingindo R$ 7,30/kg. No que diz respeito à alimentação dos suínos, a alta foi de 3,8%, chegando a R$ 6,00/kg. Ao estender a comparação entre maio deste ano com maio de 2020, o aumento dos custos de produção na suinocultura em Santa Catarina foi de 64%. A alimentação das aves passou de 3,67/kg para R$ 6,00/kg no período de 12 meses, subindo 63,48%.