Preço do animal subiu mais de 70% ao longo do ano. Mesmo com a forte alta nos preços dos principais insumos para fabricação de ração na suinocultura (milho e farelo de soja), o poder de compra dos produtores aumentou graças ao preço recorde do suíno vivo. Segundo informações do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o patamar dos preços em agosto já supera o do mesmo período de 2019. Na quinta-feira, o indicador Cepea/Esalq para o suíno vivo estava em R$ 7,17 o quilo no Paraná, para retirada na granja, alta de 71,12% frente a mesma data de um ano atrás. Em São Paulo, na mesma comparação, mas posto no frigorífico, valia R$ 7,65 o quilo ontem, alta de 74,3%. O que explica o movimento é a oferta restrita de animais para abate e a demanda aquecida da indústria por novos lotes, principalmente para exportação. Em relação ao milho, segundo o Cepea, os preços seguem também valorizados desde junho, mesmo com a colheita da segunda safra avançada e com estimativas apontando produção recorde no país. Para o farelo de soja, a elevação se deve, principalmente, segundo o Cepea, ao aumento no preço da matéria-prima e à demanda doméstica aquecida e direcionada justamente à dieta de aves e suínos.
VALOR ECONÔMICO